O automóvel foi inventado na Alemanha, em 1885, por Karl Benz e Gottlieb W. Daimler. Mas foi o americano Henry Ford que popularizou o automóvel com a linha de produção e montagem que provocaria uma revolução na sociedade de consumo mundial. Ícone da sociedade de consumo, a FORD cresceu e evoluiu lado a lado com a história da indústria automobilística lançando modelos que marcaram a história do segmento como MUSTANG, THUNDERBIRD, TAURUS, MODEO e as caminhonetes F-150, F-250 e F-350.
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A história
A FORD MOTOR COMPANY foi fundada na cidade de Detroit, estado americano do Michigan, no dia 16 de junho de 1903 por Henry Ford e mais 11 investidores, que contribuíram com US$ 28.000 cada um. O mês era junho. O local uma pequena fábrica em Michigan, com 125 funcionários, que trabalhava a todo vapor para lançar o seu primeiro carro: o modelo A. O clima estava tenso e a discussão sobre a cor do automóvel tomava conta do local. Os engenheiros não sabiam o que fazer e perguntaram para o proprietário Henry Ford. Ele logo respondeu: “Pode ser qualquer cor desde que seja preto”. Assim nasceu o ícone do automobilismo, o primeiro esboço de uma linha de montagem e o primeiro carro acessível à classe média. Em menos de um mês era entregue o primeiro carro para o Dr. Pfennig, um dentista da cidade. Esse modelo vendeu 1.700 unidades em 15 meses, entusiasmando Henry Ford. Ainda neste ano, além de inaugurar a primeira distribuidora de veículos da marca na cidade de San Francisco, a nova empresa efetua as primeiras exportações para a Grã-Bretanha.
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Em 1904 é inaugurada a primeira fábrica no exterior localizada em Ontário no Canadá. Até 1908, a Ford utilizou 19 letras do alfabeto para nomear seus modelos e criações, sendo que alguns nem chegaram a ser lançados ao público. Até esta altura, a FORD produzia os automóveis em pequenas quantidades numa fábrica alugada. Porém, em 1908, com a mudança para uma nova fábrica, a FORD introduziu a primeira linha de montagem de automóvel da história: uma esteira conduzia os componentes para vários operários, cada um especializado em apenas um único processo. O tempo de produção caía de 12 horas para apenas uma hora e meia: maior oferta, menor preço, uma grande procura e lucros extraordinários. Ford enriqueceu e pôde erguer outras fábricas, inclusive em outros países.
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Neste mesmo ano lançou no mercado o carro Model T, ao custo de US$ 805 (US$ 16.500 atualmente) que durante anos foi o grande sucesso da indústria automobilística. Henry Ford maravilhou o mundo em 1914, oferecendo o pagamento de US$ 5 por dia aos seus funcionários. O movimento foi extremamente rentável; no lugar da constante rotatividade de empregados, os melhores mecânicos de Detroit queriam trabalhar na FORD, trazendo seu capital humano e sua habilidade, aumentando a produtividade e reduzindo os custos de treinamento. Henry chamou isso de “salário de motivação” (wage motive). O uso da integração vertical pela empresa também provou ser bem sucedido quando Henry construiu uma fábrica gigantesca, onde entravam matérias primas e de onde saiam automóveis acabados. O intenso empenho de Henry Ford para baixar os custos resultou em muitas inovações técnicas e de negócios, incluindo um sistema de franquias que instalou uma concessionária em cada cidade da América do Norte, e nas maiores cidades em seis continentes.
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Em 1917, produz seu primeiro caminhão, feito sob a carroceria do Model T e batizado de Model TT. Nesse mesmo ano, sendo Henry Ford filho de agricultor, compreendeu a necessidade e a utilidade de aplicar a tecnologia do automóvel ao processo da agricultura, fundando juntamente com seu filho Edsel a Henry Ford & Son Corporation, destinada a conceber apenas tratores agrícolas. Ford não inventou o trator, assim como não inventara o automóvel mas, tal como fizera com o veículo destinado a transportar pessoas, ele desenhou e produziu um trator acessível à maior parte dos agricultores, revolucionando a indústria do setor. Em 1918, o seu trator agrícola começou a ser produzido em grande escala para dar resposta às urgentes necessidades da lavoura e, a pedido do Governo Britânico, os tratores começaram a sua rota ascendente para todo o mundo. Henry Ford comercializou o seu primeiro trator com o nome Fordson (uma associação do nome Henry Ford & Son Corporation).
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Em 1922 a empresa compra a montadora Lincoln Motor, fundada por Henry Leland em 1917. No ano seguinte, Henry Ford, preocupado com a preservação do meio ambiente, autoriza a compra de uma fazenda para plantação de árvores, pois a empresa utilizava madeira na confecção de muitas peças de seus carros. Era a preocupação da FORD com a preservação do meio-ambiente. O ano de 1927 foi o último da produção do Model T, que em 20 anos vendeu 15 milhões de unidades. No ano seguinte é lançado um novo automóvel, espécie de segunda geração do Model T, e batizado como Model A. Até 1931 foram produzidos 4.5 milhões de unidades desse modelo. O primeiro carro para o mercado Europeu foi lançado em 1932 e introduzido na Inglaterra, chamava-se Model Y. Em 1940 e 1941 os modelos FORD sofreram suas primeiras alterações significativas desde de 1928. Com a Segunda Guerra Mundial, a produção de automóveis civis é interrompida e inicia-se a produção dos chamados GP (General Propose) ou simplesmente Jeep. Mais de 250 mil Jeeps e tanques foram produzidos pela empresa nesse período. Com o fim da guerra a empresa lança seu primeiro automóvel pós-guerra, o Ford 1949, além dos caminhões e caminhonetes F Series, direcionados aos fazendeiros com o slogan “Built Stronger to Last Longer”.
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A década de 60 foi marca pelos sucessos da marca nas competições automobilísticas, como em 1966, quando os modelos GT40 conquistaram as três primeiras colocações na tradicional prova de Le Mans. No ano seguinte a empresa se estabeleceu na Europa, e em 1972 abriu unidades no continente asiático. Nessa época a FORD começava a sedimentar as bases para ser uma gigante global. O crescimento através de aquisições começou em 1979 quando a FORD comprou 25% da montadora japonesa Mazda. Nos anos seguintes as ondas de aquisições continuaram com a compra, em 1987, de 75% da tradicional montadora britânica Aston Martin; da locadora de veículos Hertz; da tradicional Jaguar, em 1990 por US$ 2.5 bilhões; e em 1999 da sueca Volvo por US$ 6.4 bilhões. Nesta década em cada oito modelos de carros mais vendidos dos Estados Unidos, cinco era da FORD. Apesar de em 2002, no Salão de Automóveis de Detroit, serem lançados 15 novos modelos, a montadora começava a dar sinais de problemas internos, especialmente em questão de lucratividade. Nos anos seguintes a crise se agravou e a gigante começou a ser deficitária. Em 26 de março de 2008, a FORD vendeu à montadora indiana Tata Motors as marcas de luxo Land Rover e Jaguar por US$ 2.3 bilhões; e recentemente se desfez da sueca Volvo, adquirida pela montadora chinesa Geely por US$ 1.8 bilhões. O ápice da crise aconteceu durante este período, quando as perdas da montadora ultrapassaram os US$ 14 bilhões.
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Porém, em pouco mais de três anos, a montadora vendeu várias marcas de luxo; em meio à maior crise da indústria automobilística americana recusou o socorro do governo; reduziu os custos em 47%; fez a empresa retomar lucros bilionários (pela primeira vez desde 2005) e ainda conseguiu ultrapassar a GM em vendas. Nos Estados Unidos, a empresa acaba de superar a General Motors, como a número 1 em vendas. Globalmente, ultrapassou a Volkswagen, alcançando a segunda posição. E, embora não tenha ainda tomado o primeiro lugar da Toyota, já é mais admirada do que a rival japonesa, segundo uma pesquisa recente feita pela Bloomberg.
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A linha do tempo
1925
● Apresentação do FORD T RUNABOUT, com caçamba aberta opcional, sendo a primeira picape oferecida pela montadora.
1932
● São tempos da rádio. Os motoristas agora querem um novo tipo de entretenimento. A FORD começa a instalar em seus veículos o novo aparelho.
● Apresentação ao mundo do motor V8 de baixo custo, que se tornaria uma marca registrada da FORD durante muitos anos.
1933
● Criação do primeiro departamento de design automotivo da montadora.
1938
● Início da produção dos modelos com a marca Mercury.
1948
● Lançamento do FORD 1949, carro que exerceu forte influência no design automotivo dos anos 50. O novo modelo, impulsionado por um motor V8 modernizado, introduziu um chassi totalmente novo com suspensão dianteira independente com molas helicoidais e eixo traseiro rígido com molas longitudinais.
● Lançamento das linhas de picapes e caminhões Serie F, que se tornaram um clássico no segmento utilitários.
1951
● Lançamento do FORD 1952, carro de grande porte equipado com motor 6 cilindros ou o potente V8 e curvas modernas.
1954
● Lançamento do modelo de maior sucesso da sua história, o FORD THUNDERBIRD, um modelo esportivo de dois lugares que viria a tornar-se um clássico americano.
● Coloca em prática o primeiro Crash-Test, visando o desenvolvimento e segurança de seus veículos.
1957
● Lançamento do EDSEL, um automóvel grande e luxuoso que levava o nome do único filho de Henry Ford.
1959
● Fundação da FORD CREDIT, que é até os dias de hoje a maior empresa de Leasing de automóveis do mundo.
1961
● Apresentação do primeiro caminhão F-600 com motor diesel.
1964
● Lançamento em 17 de abril, custando metade do preço do Corvette produzido pela Chevrolet, do famoso FORD MUSTANG, carro direcionado para um público jovem em busca de emoção, que vendeu 22.000 unidades em seu primeiro dia de mercado, se tornando o automóvel de maior sucesso da indústria automobilística.
1975
● Lançamento das caminhonetes FORD F-150.
1976
● Lançamento do FORD FIESTA, um carro de pequeno porte que já vendeu, até os dias de hoje, mais de 10 milhões de unidades. O carro está atualmente em sua sexta geração, introduzida em 2008.
1982
● Lançamento de um de seus produtos de maior sucesso na linha de utilitários, a FORD RANGER. A compacta picape foi, entre os anos de 1987 e 2004, a mais vendida em seu segmento no mercado americano.
1986
● Lançamento do modelo FORD TAURUS que com seu design radical não demorou muito para se tornar um grande sucesso de vendas nos Estados Unidos.
1990
● Lançamento do utilitário esportivo FORD EXPLORER. Equipada com um motor de 4.0 L V6 e 155 hp, o modelo se tornou um verdadeiro sucesso no mundo.
1996
● Lançamento mundial do FORD MONDEO, um carro de porte médio que fez grande sucesso em vários países.
1997
● Lançamento do FORD EXPEDITION, um veículo utilitário esportivo de porte grande com mais de cinco metros de comprimento e praticamente dois de altura.
1999
● Lançamento do FORD FOCUS, um carro de porte médio com designer inovador para a época.
● Lançamento da caminhonete peso pesada FORD F-250 SUPER DUTY, equipada com os motores V6 4.2 de 205 cv ou 4.2 Turbo Diesel de 180 cv.
2000
● Lançamento do FORD EXPLORER SPORT TRAC, um utilitário esportivo de porte grande com uma pequena caçamba.
2001
● Lançamento do FORD ESCAPE, um utilitário esportivo compacto, muito semelhante ao ECO SPORT produzido no Brasil.
2003
● Lançamento do FORD ECOSPORT, primeiro utilitário esportivo compacto produzido no Brasil.
2004
● Lançamento do FORD ESCAPE na versão híbrida.
2005
● Lançamento do FORD FUSION, carro de porte médio e luxuoso com curvas modernas e inúmeros avanços tecnológicos.
2006
● Lançamento do FORD EDGE, um utilitário de luxo com peso acima de 1.800 kg, motor V6 3.5 litros de 269cv, com câmbio automático de seis marchas, garantindo potência suficiente para uma aceleração de 0 a 100km/h em menos de 8 segundos.
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O ícone
O MUSTANG foi lançado na Feira Mundial de New York em 1964 e cativou o público norte-americano com um novo conceito de visual e potência a preço acessível. A inspiração para o nome veio do mais bem sucedido avião de caça dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, o P-51 Mustang. Em 45 anos, completos no dia 17 de abril de 2009, a FORD declarou que já vendeu mais de 9 milhões de unidades e que o carro, em sua qunita geração, fez história. Ele foi idealizado por Lee Iacoca em 1960 que achou que um carro esportivo comportava bancos traseiros. Estava feita a revolução. A FORD esperava vender 100 mil unidades no primeiro ano. Venderam 22 mil no primeiro dia, 1 milhão em 18 meses e nunca mais deixaram de vender. O sucesso da primeira geração foi tão grande que inspirou a FORD a criar outras versões como a conversível e a fastback, além do tradicional cupê. O MUSTANG também foi um dos responsáveis pela popularização dos motores V6 e V8, até hoje os preferidos dos norte-americanos. Outro modelo clássico da série foi o Shelby GT-350, cuja potência passava dos 300 cv. Com o passar do tempo e uma série de modificações visuais, o carro teve sua produção encerrada em 1973, abrindo espaço para a segunda geração.
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Seguindo o padrão de design automotivo da década de 70, o MUSTANG ganhou uma cara mais sóbria e motores quatro cilindros por conta da crise do petróleo que os Estados Unidos enfrentou naquela década. Ainda assim, os motores com 6 e 8 cilindros em V foram mantidos. A segunda geração também inaugurou a série King Cobra. Ao contrário do sucesso do modelo inaugural, o segundo MUSTANG não foi tão bem em vendas quanto a FORD esperava e sua linha de montagem foi desativada após apenas quatro anos de atividades. A terceira geração, lançada em 1979, foi a mais duradoura. Sua produção seguiu até 1993, e durante esse tempo o MUSTANG passou por uma série de modificações visuais externas, mas manteve a mesma plataforma. O modelo também foi o primeiro da série a receber um motor turbo (2.3 litros) de 132 cv. Até a terceira geração, o MUSTANG mantinha, ainda que extensivamente modificado, o mesmo padrão visual da primeira geração, caracterizado pelo longo capô, traseira curta e linhas retas. Com a chegada da quarta geração, em 1994, o esportivo musculoso da Ford passou por uma completa reformulação visual, recebendo a faceta arredondada típica desses anos. E deu certo, tanto que o carro foi produzido durante dez anos. A onda nostálgica que cercou a indústria automotiva no início do século XXI também chegou ao MUSTANG.
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A quinta geração, lançada em 2005, trouxe de volta o visual do primeiro modelo em sua versão fastback, tido como o mais bonito da série. Essa semelhança com o modelo do passado ficou ainda mais acentuada na versão 2010 do carro, que veio acompanhada também do MUSTANG mais potente da história, o GT500, que possui sob o capô o motor 5.4 V8 de 547 cv e 70 kgfm de torque. Mesmo com a crise econômica mundial e o aumento da preocupação ambiental, o modelo mais recente do Mustang já é sucesso nos EUA. No dia de seu lançamento, a Ford contabilizou mais de 20 000 pedidos de encomenda do carro. O MUSTANG revolucionou a história dos automóveis e, é o único compacto que nunca deixou de ser produzido na história da indústria automobilística. Aproveitando as convenções de Palm Beach - evento que a Ford realiza anualmente, a montadora proporcionou uma oportunidade única para os fãs do carro: um leilão beneficiente. Os modelos Ford Mustang GT Concept e Ford Mustang GT Conversível Concept, que foram apresentados no Salão de Detroit em 2003 e de lá, viajaram todos os salões americanos (no total, eles já estiveram presentes em mais de 50 eventos), foram leiloados. Um com a carroceria de metal na cor prata, um teto de vidro (recentemente lançados no modelo 2009), e com um motor de 400 cv. O Outro conversível, um Redline metálico na cor vermelha, com a diferença na roda de 20 polegadas e na lateral.
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O divórcio
Dois colossos americanos, a FORD e a FIRESTONE, tinham uma relação de fazer inveja a qualquer empresa. Harvey Firestone e Henry Ford eram tão amigos que os pneus de um equiparam os carros do outro por mais de 90 anos. E a relação transcendeu a esfera dos negócios: William Clay Ford Jr., atual chairman da montadora americana, é bisneto de Henry Ford e também de Harvey Firestone. Como isto? Em 1947, o pai de Ford Jr. casou-se com Martha Firestone em uma cerimônia que parecia selar para sempre o compromisso entre as duas empresas. Apenas parecia. O divórcio começou em 1991, quando acidentes envolvendo os pneus da Firestone que equipavam os utilitários esportivos FORD Explorer começaram. Durante quase uma década, a FORD e a Firestone colecionaram uma enxurrada de reclamações e ações judiciais. Foram mais de 100 processos contra as duas empresas e muito dinheiro perdido. A imagem das empresas ficou ainda mais arranhada com as 174 mortes provocadas por acidentes com o utilitário Explorer, que a obrigaram a FORD operar um mega-recall de 14.4 milhões de pneus defeituosos que equipavam o modelo. Não demorou muito para a montadora divulgar uma nota informando que as falhas não tinham relação alguma com o automóvel em si. No texto, a FORD fez uma acusação gravíssima, afirmando que a Firestone conhecia o defeito do pneu havia três anos. Com a relação e as imagens totalmente abaladas, coube a William Clay Ford Jr., em 2001, anunciar o rompimento de uma das parcerias mais duradouras no mundo dos negócios.
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A evolução visual
Seu logotipo reflete todas as qualidades agregadas à empresa, variando levemente sua estrutura para estar sempre de acordo com as tendências do período. Sua inspiração inicial foi o movimento artístico decorrente na época, o Art Nouveau, com as mais modernas tendências em artes e design, e estava diretamente relacionada à tecnologia e ao uso de materiais como o ferro e o vidro em aplicações inéditas para a época. Os gráficos são rebuscados, com muitas curvas, caracteres trabalhados e ornamentação, exatamente como o primeiro logo da empresa, criado em 1903. Em 1909, o símbolo passou por uma limpeza que removeu todos os adornos ao fundo e deixou apenas o nome da empresa, com tipografia renovada — um rascunho do que ela viria a ser futuramente. Já seguindo os princípios básicos para um logotipo funcional, há apenas o nome FORD, com adoção de uma fonte cursiva e clássica. Este foi trocado novamente em 1912, com tipografia mais finalizada e a volta do fundo. O símbolo ganhou a elipse ainda neste ano, sendo esta a última mudança drástica na estrutura do símbolo. A cor azul tradicional foi adotada em 1928, e desde então, o logotipo sofreu poucas alterações em sua forma se relacionarmos com o atual, sendo as mais redundantes o achatamento e prolongamento da elipse que envolve o nome da empresa e uma tipografia mais delicada. Em 1976, o símbolo apareceu com um ar metalizado e mais moderno. Em comemoração ao centenário da empresa, em 2003, o logotipo ganhou linhas mais nítidas e sombras para destacar as linhas e dar mais profundidade ao nome FORD. O novo logotipo é chamado de Centennial Blue Oval.
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Os slogans
Ford. Feel the difference.
Ford. Bold moves. (Estados Unidos)
Built for life in Canada. (Canadá)
Built for the road ahead.
Ford. Designed for living. Engineered to last.
Have you driven a Ford lately?
Built Ford tough!
Everything We Do is Driven By You.
Ford has a better idea.
Quality is Job 1.
There's a Ford in your Future.
Viva o novo. (2006)
Desempenho Total. (1963)
Fazendo seu caminho melhor.
Desenhado para viver. Construído para durar.
Deixe um FORD surpreender você.
Raça Forte. (Ford Pick-up)
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O gênio por trás da marca
O americano Henry Ford foi o homem que mudou o mundo com um carro simples, produzido em massa e vendido com grande sucesso mundo afora. A ele é atribuído o “Fordismo”, isto é, a produção em grande quantidade de automóveis a baixo custo por meio da utilização do artifício conhecido como “linha de montagem”, o qual tinha condições de fabricar um carro a cada 98 minutos, além dos altos salários oferecidos a seus operários. Nascido na cidade de Springwells, em uma fazenda próxima a um município rural a oeste de Detroit, no estado do Michigan, em 30 de julho de 1863. Henry, filho do imigrante irlandês William Ford com a americana Mary Litogot, adquiriu a paixão pela mecânica em sua casa, quando seu pai lhe deu um relógio de bolso. Aos quinze anos, já tinha firmado a reputação de reparador de relógios, tendo desmontado e remontado os aparelhos de amigos e vizinhos inúmeras vezes. Em 1879, ele deixou a fazenda e foi para a cidade vizinha Detroit, para trabalhar como um aprendiz de operador de máquinas, primeiro na empresa James F. Flower & Bros., e mais tarde na Detroit Dry Dock Co. Foi nestes empregos que o jovem Henry aprendeu tudo sobre motor de combustão interna. Em 1882, retornou a Dearborn para trabalhar na fazenda da família, quando adquiriu ainda mais experiência na operação dos motores a vapor portáteis da Westinghouse. Ele foi posteriormente contratado pela própria Westinghouse Electric Corporation. Henry se casou com Clara Ala Bryant, em 1888, sustentando-se nessa época através de uma serraria. Eles tiveram um único filho, Edsel Bryant Ford e adotaram um outro de origem chinesa. Em 1891, tornou-se engenheiro da Edison Illuminating Company, embrião do que viria a ser a famosa empresa General Electric, e, após sua promoção ao cargo de Engenheiro Chefe em 1893, teve bastante tempo e dinheiro para dedicar atenção às suas experiências pessoais com motores a gasolina.
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Henry Ford e seu FORD T
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Apesar do cargo obrigar Henry a estar disponível 24 horas por dia, ao mesmo tempo dava-lhe a oportunidade de fazer experiências, na medida em que se tornou colaborador direto e amigo íntimo do seu patrão, Thomas Edison, o inventor da lâmpada elétrica. Em colaboração com outro de seus amigos célebres — Harvey Firestone —, ele acompanhou o nascimento da excepcional adaptação da borracha a pneumáticos para automóveis, com a valiosa colaboração de Edison, que dispunha de um laboratório altamente equipado onde teve lugar uma série de experiências que contribuíram para o arranque da revolucionária descoberta. Estes experimentos culminaram em 1896 com a conclusão de seu próprio veículo automotor denominado Quadriciclo, com uma carroçaria muito leve montada sobre quatro rodas de bicicleta. Durante os anos que se seguiram, Henry continuou a tentar melhorar o motor dos seus veículos de passageiros. Em complemento, construiu um carro de corrida que ele próprio conduzia. Finalmente, aos 40 anos de idade, junto com outros 11 investidores, fundou a Ford Motor Company em 1903. Mas nem tudo foi sucesso. Pouco tempo depois da formação da empresa, Henry Ford foi ameaçado pela Associação dos Fabricantes de Automóveis. Após anos de lutas em tribunais, ele ganhou o caso em 1911, acabando com o monopólio e assim viabilizando que outros pudessem tornar-se construtores do ramo automóvel. Ele morreu em 7 de abril de 1947 na cidade de Dearborn, aos 84 anos, deixando a maior parte de sua grande fortuna para a Fundação Ford, mas providenciou para que sua família pudesse controlar a empresa permanentemente. Como único dono da Ford Company, ele se tornou um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo.
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Henry Ford e seu famoso motor V8
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Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 16 de junho de 1903
● Fundador: Henry Ford
● Sede mundial: Dearborn, Michigan
● Proprietário da marca: Ford Motor Company
● Capital aberto: Sim (1956)
● Chairman: William Ford Jr.
● CEO & Presidente: Alan Mulally
● Faturamento: US$ 118.3 bilhões (2009)
● Lucro: US$ 2.7 bilhões (2009)
● Valor de mercado: US$ 40 bilhões (maio/2010)
● Valor da marca: US$ 7.005 bilhões (2009)
● Fábricas: 90
● Concessionárias: 11.827
● Vendas globais: 4.871.000 unidades (2009)
● Presença global: 110 países
● Presença no Brasil: Sim
● Maiores mercados: Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha
● Funcionários: 198.000
● Segmento: Automobilístico
● Principais produtos: Automóveis, caminhões e tratores
● Outras marcas: Lincoln, Mercury, Mazda e Troller
● Ícones: O logotipo oval azul
● Slogan: Built for the road ahead.
● Website: www.ford.com
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O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca FORD está avaliada em US$ 7.005 bilhões, ocupando a posição de número 49 no ranking das marcas mais valiosas do mundo. A empresa também ocupa a posição de número 8 no ranking da revista FORTUNE 500 (empresas de maior faturamento no mercado americano).
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A marca no Brasil
A FORD chegou no Brasil no dia 1 de maio de 1919, instalando-se em um armazém da rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo, mas mudou-se para um galpão na Praça da República e depois para um prédio próprio no bairro do Bom Retiro. Nesse período, a FORD apenas montava os Ford T com peças importadas da matriz. Em 1923 a filial brasileira produzia 40 veículos por dia, contava com 124 funcionários e capacidade de produção anual de 4.700 carros e 360 tratores. O primeiro automóvel nacional seria lançado somente em agosto de 1957: era um caminhão F-600, com 40% de nacionalização, equipado com motor V8 a gasolina, de 167hp. A picape F-100 chegaria dois meses depois, mas o carro de passeio só viria uma década depois: o Galaxie 500, primeiro carro nacional de luxo de grande porte.
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Dois anos depois, a FORD absorveu a Willys-Overland, que já estava desenvolvendo um sedã médio com ajuda da Renault. A montadora aprovou o projeto e o lançou como FORD CORCEL, que foi um grande sucesso de vendas. Também nesta época foi lançada a F-100, primeira picape nacional. Nos anos seguintes a FORD revolucionou o mercado brasileiro com o lançamento da perua Belina em 1970; do Landau, versão ultra-luxuosa do Galaxie, em 1971; do Marverick em 1973; e do CORCEL II em 1977; com a apresentação do primeiro veículo movido exclusivamente a álcool e a picape F-1000 a diesel em 1979; com o lançamento, em 1981, do FORD Del Rey, primeiro carro médio brasileiro e pioneiro com travas e vidros elétricos; da picape utilitária Pampa em 1982 e do Escort em 1983.
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Em 1987 é criada a Autolatina, uma joint-venture entre a FORD e a líder Volkswagen. Tal união foi um desastre para FORD: a Volkswagen tinha 51% da Autolatina e o poder de decisão, e os clones FORD Verona (1989), Versailles (1991) e Royale não foram tão bem-sucedidos quanto os originais VW Santana e Quantum. Em 1994, a FORD rompeu a parceria e iniciou sua recuperação, aposentando os modelos velhos e grandes e investindo em modelos novos e compactos, originários da Europa como o FORD Fiesta em 1996, o FORD KA em 1997, o FORD FOCUS em 2000 e o FORD ECOSPORT em 2003. Atualmente a FORD possui fábricas nas cidades de São Bernardo do Campo, Taubaté e Camaçari (Bahia), além de um campo de provas na cidade de Tatuí.
A Ford é a segunda maior produtora de carros e caminhões do planeta, uma gigante com faturamento superior a US$ 118 bilhões, 198 mil empregados, quase 4.9 milhões de veículos vendidos anualmente e 90 fábricas ao redor do planeta. Depois dos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha são os mercados mais importantes para a marca. Atualmente a empresa é proprietária das marcas Lincoln, Mercury, Mazda (controla 33.4%), além da brasileira Troller.
FONTE:http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/05/ford-fazendo-seu-caminho-melhor.html